O clássico entre Bahia e Vitória, um dos maiores confrontos do futebol brasileiro, volta a acontecer neste sábado (1º), marcando a 500ª edição do embate. Embora o duelo tenha sido, por muito tempo, símbolo de rivalidade saudável e celebração esportiva, a presença de torcedores dos dois times no estádio não ocorre desde 2017, após episódios de violência.
A possibilidade do retorno da torcida mista ainda enfrenta desafios. Segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA), a liberação depende da implementação de medidas de segurança efetivas.
O fim da torcida mista nos clássicos ocorreu após uma tragédia em 2017, quando um torcedor tricolor morreu e outro foi baleado durante um confronto entre facções. A tentativa de reconciliação veio com o “Ba-Vi da Paz”, mas a partida terminou em briga generalizada, com jogadores expulsos e tumulto nas arquibancadas.
Recentemente, torcedores do Vitória relataram ação truculenta da Polícia Militar durante uma partida contra o Colo-Colo, na Arena Fonte Nova. Perto dali, no bairro do Engenho Velho de Brotas, um grupo de rubro-negros foi filmado destruindo um bar.
O promotor Hugo Casciano de Sant’Anna afirma que, embora haja interesse no retorno da torcida mista, ainda é cedo para autorizar a mudança. “Seria prematuro permitir isso agora. Precisamos garantir a segurança de todos”, declarou.
Entre as medidas projetadas estão câmeras de reconhecimento facial e a criação de um cadastro nacional de torcedores com histórico de violência.
O Bahia informou estar em diálogo com autoridades para avaliar a viabilidade da torcida mista. O Vitória destacou que a decisão cabe às autoridades de segurança pública e se comprometeu a adotar as medidas necessárias quando houver liberação.
Com ambos os clubes na primeira divisão, o desejo de torcedores e autoridades é que o clássico possa voltar a ser um evento de festa e confraternização. Contudo, o histórico recente mostra que ainda há desafios a serem superados.
Fonte: Voz da Bahia
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