Defesa Civil alerta para risco de colapso na ponte Dom Pedro II, entre Cachoeira e São Félix
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Crédito: Reprodução |
A Defesa Civil do município de Cachoeira, no Recôncavo da Bahia, convocou uma reunião emergencial na manhã desta terça-feira (20) para discutir o estado crítico da ponte Dom Pedro II, que liga a cidade a São Félix, sobre o rio Paraguaçu. A estrutura, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), apresenta sérios sinais de desgaste, com peças enferrujadas e soltas, oferecendo risco à segurança de pedestres e motoristas.
Pedro Erivaldo, coordenador da Defesa Civil local, fez um alerta contundente sobre a situação. “A ponte está muito deteriorada. O ferrugem tomou conta das estruturas, as peças estão soltas e o restauro caminha de forma lenta. Quando for concluído, se continuar assim, já será tarde demais. Um dia a empresa atua, no outro não aparece”, criticou.
A ponte, inaugurada em julho de 1885, possui 365 metros de comprimento, foi construída com estrutura de ferro e madeira e importada da Inglaterra. Foi uma das principais obras de engenharia do país na época, com forte impacto na economia baiana do século XX.
Apesar de sua relevância histórica inclusive por Cachoeira ter sido Sede do Governo Provisório durante a Independência do Brasil em 1822 o descaso persiste. A obra de restauração, anunciada pela Prefeitura em janeiro de 2023, ainda não foi concluída.
Erivaldo também destacou que há um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado desde 2004 com o Ministério Público Federal. “A ferrovia responsável tinha 36 meses para restaurar a ponte. Já se passaram mais de 300 meses e o serviço continua incompleto”, denunciou.
Na reunião desta terça-feira, nenhuma representação do Iphan, do Ministério Público Federal nem da Ferrovia Centro-Atlântica S.A. responsável pela manutenção da ponte esteve presente. A reportagem entrou em contato com as instituições e aguarda posicionamento.
Fonte: Voz da Bahia
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