![]() |
Foto: Reprodução |
Circula nas redes sociais uma publicação que afirma que o governo federal teria “cortado” o Bolsa Família de aproximadamente 900 mil famílias entre os meses de junho e julho de 2025. A alegação, porém, distorce informações sobre o funcionamento do programa de transferência de renda.
A postagem, publicada no Facebook no dia 24 de julho, sugere que houve um corte repentino de beneficiários em razão de mudanças na chamada “regra de transição”. No entanto, segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), as saídas não ocorreram por corte, mas sim por aumento de renda das famílias — o que impede a permanência no programa conforme os critérios vigentes.
Atualmente, para se manter no Bolsa Família, a renda mensal por integrante da família deve ser de até R$ 218. Famílias que superam esse valor, mas ganham menos de meio salário mínimo por pessoa, entram na “regra de proteção”, recebendo 50% do valor do benefício por até dois anos.
Em maio, o governo anunciou que esse prazo de transição seria reduzido para um ano — mas sem afetar famílias que já estavam sendo atendidas pela regra anterior. Dessa forma, a saída registrada em julho não tem relação com essa mudança.
Segundo o MDS, 536 mil famílias deixaram de receber o benefício por terem completado os dois anos da regra de proteção. Outras 385 mil saíram por ultrapassarem o limite de renda previsto pelo programa. Ao todo, 958 mil famílias saíram do Bolsa Família de forma regular, conforme os critérios de elegibilidade.
Dessa forma, não se trata de um “corte” arbitrário ou repentino, mas de um processo de revisão baseado na atualização dos dados socioeconômicos dos beneficiários, como previsto nas regras do programa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário