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Foto: Reprodução |
Entre 2020 e 2024, a Bahia registrou 2.135 casos de intoxicação provocada por produtos de uso doméstico, segundo dados do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox). As ocorrências envolvem, principalmente, a mistura inadequada de substâncias de limpeza, prática comum em residências e que pode causar desde irritações leves até a morte.
Em abril deste ano, dois casos fatais reforçaram o alerta. Um homem faleceu após nove dias internado em um hospital de Feira de Santana, com sintomas de intoxicação — como falta de ar, febre e tosse — após inalar produtos de limpeza. Também em abril, a dona de casa Deusineide de Sousa, de 63 anos, morreu ao inalar uma mistura de cloro com desengraxante automotivo, combinação altamente tóxica.
De acordo com o químico Vinícius Morais, o alvejante está entre os itens mais perigosos quando misturado a outras substâncias. O produto pode conter hipoclorito de sódio, água oxigenada ou percarbonato de sódio. “Alvejante com qualquer coisa vai ser perigoso. Se misturar com desinfetante, pode liberar amoníaco. O ideal é usar apenas com água”, alertou.
Ele explica que o contato do alvejante com resíduos como urina de animais também pode gerar gases tóxicos. Além disso, receitas caseiras sem conhecimento técnico aumentam o risco de reações perigosas, como a liberação de gás cloro, amoníaco ou ácido clorídrico.
Para conscientizar a população, o Conselho Regional de Química da Bahia (CRQ VII) promoverá uma ação educativa durante a IV Semana de Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), no bairro do Barbalho, em Salvador.
Fonte: Voz da Bahia
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